A linguagem corporal das vítimas da rejeição

Assim como o balde transborda do que dele está cheio, o corpo expressa a partir da emoção por ele tomada ou persuadida. É por conta desse viés que se diz popularmente que “o corpo fala.” Dessa forma, o que será você comunica neste momento? Será que você transmite conscientemente o que você deseja? Se já é desafiador comunicar pura e simplesmente, agora imagina se expressar com os traumas da rejeição inquietando dentro dela!

Como ter boas relações interpessoais com tantos reflexos emocionais da rejeição? Como expressar os seus sentimentos com total leveza e pureza com tantos traumas na vida? Essas reflexões fazem você compreender que o corpo tem o poder de expressar verdadeiramente o que está dentro de você. Só apenas saiba que você pode comunicar para muitas pessoas o que você esconde ou nem tenha consciência que exista. Repito: O corpo revela o que você esconde! 

Sendo assim, podemos destacar em geral algumas linguagens corporais críticas presentes na vida de algumas vítimas da rejeição: Olhar cabisbaixo, perdido ou vago; Enfraquecimento na voz demonstrando pouca personalidade, ou seja, a voz quase não se faz presente quando se deve; Cabeça baixa – geralmente ergue poucas vezes a cabeça. Vamos refletir:

- Uma pessoa não gosta de falar em público, fala olhando para o chão, chega de cabeça baixa, tem baixa expressão vocal, ainda que tenha belo currículo, se candidata para o cargo de liderança. Pergunta-se: Ela pode ter sucesso pleno na etapa discursiva da entrevista coletiva? Esses são alguns dos momentos mais críticos, onde muitos candidatos perdem a oportunidade para ingressar ao mercado de trabalho ou ainda, elevar o nível dentro da própria empresa.

- Desde quando alguém com o olhar cabisbaixo, aéreo ou perdido numa situação que exige firmeza de propósito e voz erguida dentro relacionamento ou na família, ter a sua voz respeitada e valorizada? Quantos traumas silenciosos paralisam as suas vítimas? Mas lembre-se, muitas pessoas não fazem ideia que esta ou aquela pessoa foi ou é vítima da rejeição. E mais, muitas vítimas não fazem ideia que foram rejeitadas. Se os conflitos forem originários do período gestacional ou entre 1 e 5 anos, possa ser que a pessoa, hoje adulta, apenas tenha ligeiros fleches ou nenhuma lembrança que lhe permita definir um ponto referencial. Possa ser que só possua ligeira sensação ou desconfiança de que não foi bem aceita naquele grupo familiar.

- Você planeja a sua comunicação a ser transmitida a partir da sua linguagem corporal durante uma apresentação ou um diálogo? Os bloqueios emocionais presentes na vida desta será que contribui para que ela tenha sucesso no que se quer?

Nas relações sociais, em muitos casos, as vítimas da rejeição se fazem ausentes nas fotografias dos grupos em geral. Já na sala de aula nas escolas, podendo se estender ao longo da vida em outras salas, adotar uma postura de se assentar às margens ou no fundo, raramente conseguem se assentar nas primeiras cadeiras. Sabendo que estas considerações se podem se dar para aqueles casos onde muitos alunos se fecham por completo ou em sua parcialidade. Dessa forma, a linguagem corporal comunica muito bem os posicionamentos adotados pelos seres humanos, no entanto, evite julgamentos, você não sabe o que esta pessoa passou na vida. Não julgue!

Quanto a auto sugestão muitas das vítimas da rejeição podem demonstrar palavras negativas consigo mesmo, complexo de inferioridade ou superioridade, em casos isolados. Elas podem também demonstrar crença de merecimento ou de não merecimento em função destas características anteriores. Acenda o alerta e humanamente acolha esta pessoa você não conhece a sua história. Cada um sabe o que passou nesta vida! Em algum momento da vida, você já se perguntou de onde vem a sua negatividade?

Quantos aos estudos podem demonstrar baixo índice de consistência em diálogos ou apresentações em geral. Em termo de aprendizagem podem demonstrar muitas dificuldades para dissertação – capacidade de expor oral ou de forma escrita, um conteúdo de forma consistente e contextualizada.

Algumas carências ou necessidades comportamentais se apresentam em algumas vítimas da rejeição ao longo da vida: reconhecimento e auto reafirmação. E nestas podemos notar algumas linguagens corporais clássicas – o nariz se ergue perfilando para cima, ou os olhos por cima do nariz e o peito geralmente segue estufado para frente. Vale acrescentar que não pretendo aqui esgotar o assunto, mas promover reflexões a respeito da presente abordagem. Como está a sua imagem pessoal hoje?

Por Uemerson Florencio

* Uemerson Florêncio – (Brasileiro) Empreendedor. Treinador, palestrante e correspondente internacional de opinião para 13 países em 4 continentes, onde expõe sobre a análise da linguagem corporal, gestão da imagem, reputação e crises.