O açude criado pela Barragem do Jenipapo é o segundo maior, capacidade máxima de 248 milhões de metros cúbicos, ficando atrás somente do açude da Barragem de Salinas (387³) em São Francisco do Piauí.
As obras da Barragem do Jenipapo foram concluídas em 2001, nestes 23 anos o nível da água só chegou oito vezes na sua capacidade máxima, quando o excesso de água é despejado por seu sangradouro para o leito do Rio Piauí, o mais comum no açude é um nível muito baixo nos meses de estiagem, como se encontra agora.
A extensão do reservatório, que tem suas águas proveniente 100% das chuvas, chega a outros três municípios: João Costa, Capitão Gervásio Oliveira e Dom Inocêncio. Atualmente muitas pessoas já utilizam esse recurso hídrico para agricultura e pecuária familiar, psicultura, turismo e como hidrovia, um dos casos de navegação é o deslocamento de pessoas do povoado Moreira (Dom Inocêncio) a São João do Piauí, percorrem aproximadamente 23 km por via aquática.
Recentemente existem quatro projetos de adutoras para extrair água do açude formado pela Barragem do Jenipapo, são eles: para abastecer rede da Agespisa em São João do Piauí; para utilizar no processo de extração de níquel da empresa Piauí Níquel Metais S/A em Capitão Gervásio Oliveira; para a bastecer a rede hidráulica da cidade de Dom Inocêncio e, como disse o senador Marcelo Castro, para resolver o problema de abastecimento de água na cidade de São Raimundo Nonato.
Lembrando que, durante o ano inteiro é liberado, por comportas, uma quantidade de água para o leito do Rio Piauí e assim o mesmo fica sempre perene.
Esses projetos surgem exatamente no momento que São João do Piauí começa a trabalhar com o turismo e pessoas começam a investir neste setor. Ficando a 40 minutos do principal ponto turístico do interior do Piauí, Parque Nacional Serra da Capivara e do Museu da Natureza, em Coronel José Dias, São João do Piauí com sua abundancia em água, entra no projeto da regionalização do turismo, oferecendo o que o Parque Serra da Capivara não tem, lazer aquático. Mas agora vivemos em um futuro turístico incerto com a falta de informação sobre os projetos das adutoras, que podem ser esclarecidos em uma Audiência Pública.
A não realização de audiências públicas causa estranheza na construção dessas quatro adutoras, até o momento da edição desta matéria, nenhuma das instituições à frente dos projetos veio a São João do Piauí realizar audiências públicas para informar a população sobre detalhes dos projetos como:
Qual a quantidade de água que será extraída?
O estudo da extração da água foi feito em que volume do reservatório?
Qual o impacto que vai dar no nível de água do reservatório na estiagem?
Que garantia nos dar que a adutora não vai prejudicar as pessoas que já dependem dessa água para suas vidas?
Se alguém for prejudicado com a extração da água, terá indenização?
Apresentar os documentos que dar legalidade à construção da adutora;
E que nas audiências publicas estejam presentes representantes das instituições como: Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMARH, Departamento de Obras Contra a Seca – DNOCS, Secretaria Municipal do Maio Ambiente e Recursos Hídricos de São João do Piauí e outras instituições importantes e necessárias no processo.
Enfim, são mutas dúvidas que pairam no ar e nos deixam preocupados.
NOTA
Na ocasião, pedimos o apoio dos poderes Executivo e Legislativo sanjoanenses como também da população e amigos de São João do Piauí para mobilizar no intuito que realizem as audiências públicas.
Recentemente eu, Junior Lopes, postei um conteúdo no meu Instagram falando deste assunto, o vídeo ficou cortado, pois estava maior do que a plataforma aceita, eu postei agora no YouTube do Venha Turistar (Projeto que divulga na Internet atrativos turísticos do Piauí).
Confira o vídeo completo:
Sensação
Vento
Umidade